Floresta

As florestas de bambu possuem características particulares que podem contribuir de forma significativa nas esferas ecológica e econômica de um país. O bambu é o vegetal que possui maior capacidade em sequestro de CO2 da atmosfera, além de gerar matéria prima para ser utilizada em diversos segmentos comerciais.

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Colmo

Os colmos são formados por nós e entrenós alternados, sendo constituídos principalmente de fibras e vasos. O colmo, também conhecido como vara, é a parte mais utilizada da planta, na forma cilíndrica, seu emprego está ligado pricipalmente a bioarquitetura, como construções de casas, quiosques, pontes, entre outros.

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BLC

​​​​​​​Basicamente o Bambu Laminado Colado ou BLC constitui-se de ripas ou taliscas de bambu processadas em máquinas específicas, posteriormente tratadas, coladas e prensadas. O BLC pode ser utilizado como colunas e vigas em construções, na fabricação de compensados para produção de cadeiras, mesas, armários planejados, pisos e outros.

Broto

​​​​​​​Muito utilizado na culinária japonesa, chinesa, tailandesa e coreana, o broto de bambu, aos poucos vem sendo introduzido também na culinária brasileira. O sabor do broto de bambu é bem diferente conforme a espécie utilizada. Os pratos são variados, pode ser servido in natura ou como ingrediente principal nos recheios.

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Papel

O papel é produzido a partir da polpa celulósica do bambu, que possui excelente resistência devido a qualidade de suas fibras. Diversos tipos de papeis podem ser produzidos com essa tecnologia, desde embalagens com alta resistência como sacos para embalar cimento, como também as tão conhecidas folhas de papel sulfite.

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Tecido

​​​​​​​O bambu é uma matéria prima que pode ser utilizada na fabricação da viscose a partir das fibras de celulose para indústria têxtil. A viscose é uma fibra muito confortável, devido ao toque macio do tecido, muito parecida com a seda, por não grudar no corpo, favorece o uso em roupas esportivas, íntimas e de cama. (Crédito de Hans-Jürgen Kleine).

Cosmético


Entre os cométicos fabricados à base de bambu estão os sabonetes, shampoos, condicionadores, hidratantes, perfumes e outros, oriundos de diversos países. No Brasil, uma linha de cosméticos à base de bambu foi lançada pela Fundação de  Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) durante a Expoacre. https://bit.ly/2uLFkEP

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Tratamento de água 


Um projeto da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, está usando bambus para criar sistemas de tratamento de esgoto. Entre as vantagens, segundo o pesquisador Rogério Almeida, está o baixo custo de implantação e a diminuição do risco de contaminação do solo e do lençol freático. Fonte: https://bit.ly/2GE85Vg(2017).

Biomassa

A Biomassa do bambu consiste na trituração dos colmos e galhos secos ou com uma determinada taxa de umidade. A gramatura deve ser regulada conforme a necessidade da sua utilização. A biomassa do bambu pode ser utilizada por indústrias ceramistas para queima em seus fornos e por usinas para geração de energia.

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Carvão

O cenário da madeira para produção energética é de escassez. Diante deste quadro, alguns setores ao buscarem soluções para suas necessidades tem encontrado o bambu como uma alternativa viável para a fabricação do carvão vegetal. O bambu apresenta características favoráveis ao clima do Brasil e excelente capacidade produtiva.

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A planta – O bambu ou taquara, taboca etc. é uma planta da família das gramíneas, formada por rizomas e raízes subterrâneas e, na parte aérea, por colmos, ramos laterais e folhas. A cada ano brotam novos colmos a partir de gemas situadas nos rizomas, formando uma moita e aumentando a área ocupada pela planta. Existem mais de 1.600 espécies no mundo e 258 são nativas do Brasil. Elas se dividem em três grupos: as herbáceas, de pequeno porte, as lenhosas de clima temperado e as lenhosas de clima tropical, ambas de médio ou grande porte. As de clima temperado são do tipo alastrante e as tropicais formam touceiras.

Distribuição geográfica – As principais regiões com espécies nativas são: Ãsia (62%), Américas (34%), Ãfrica e Oceania (4%). Na Europa não há espécies nativas.

Cultivo – O bambu prefere solos úmidos, porém bem drenados e volume de chuvas equivalente a 800 mm/ano ou mais. Ele pode recuperar áreas degradadas, não é atacado por formigas cortadeiras e é considerado um cultivo orgânico, com impacto positivo no meio ambiente.

Propagação – Ocorre geralmente através de mudas, raramente por sementes. As mudas são produzidas a partir de gemas situadas em segmentos de rizomas, colmos ou ramos laterais, dependendo da espécie. No caso de plantios em larga escala, é comum produzir as mudas clonadas em laboratórios de micropropagação.

Usos principais – agricultura (suporte para hortaliças, quebra-ventos, combate à erosão, paisagismo), alimentação (brotos, farinha, bebidas), móveis (grande variedade), geração de energia (cavacos, pellets e carvão), artesanato (utensílios, cestaria, instrumentos musicais, decoração, brindes, brinquedos), produção industrial (palitos, espetos, cortinas, tapetes, papel), construção (casas, pontes, cercas, postes, estruturas, pisos, esquadrias), veículos (bicicletas, barcos, carrocerias), medicina e cosmética (chás, extratos, sabonetes), etc.

Bambu no Brasil

Espécies nativas – Geralmente não são domesticadas, isto é, se encontram apenas nas matas nativas e ainda são pouco usadas comercialmente. As espécies herbáceas representam um terço e as lenhosas dois terços do total. As lenhosas mais comuns são dos gêneros Chusquea e Merostachys (portes pequeno e médio) e principalmente do gênero Guadua (portes médio e grande), com destaque para as espécies G. chacoensis, G. superba, G. tagoara e G.trinii. A maior reserva ocupa 4,5 milhões de hectares do Estado do Acre, onde predomina a G. weberbaueri.

Espécies exóticas – A maioria é originária da Ãsia, das quais a Bambusa vulgaris e a Bambusa tuldoides são as mais difundidas e usadas no Brasil. A primeira é usada principalmente na fabricação de papel (sacos de cimento) e na geração de energia (secagem de grãos e de cerâmicas), com área total plantada em torno de 50 mil hectares, enquanto que a segunda é mais usada na agricultura e se encontra dispersa em fazendas e sítios. Outras espécies de importância econômica são dos gêneros Dendrocalamus e Phyllostachys, usadas na fabricação de conservas de brotos e também em móveis, no artesanato e na construção. Os plantios geralmente ainda são em pequena escala e bastante dispersos, raramente ultrapassando 100 hectares por unidade.

Apoio científico e tecnológico – A cadeia produtiva do bambu no Brasil conta com o apoio da Embrapa, do Ministério da Agricultura, e também do Ministério de Ciências, Tecnologia, Inovação e Comunicação, que lançou dois editais de pesquisa, envolvendo diversas universidades federais e estaduais, entre 2008 e 2016. O Acordo Bilateral Brasil-China (2011-2017) proporcionou muitas atividades de intercambio tecnológico, com visitas técnicas em ambos os países, realização de cursos de treinamento, implantação de centros de pesquisa no Acre e em São Paulo, além da publicação do livro “Bambus no Brasilâ€. Vários outros livros sobre bambu, de autores brasileiros, foram editados nos últimos vinte anos.

Leis de incentivo – Lei Federal 12.484, leis estaduais de MG, RS e GO, além de uma lei municipal em Planalto/RS.


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O potencial do bambu

O bambu